Café - Elucubrações 4 ( Perguntas que tenho )
Algumas perguntas que tenho sobre a prática do Hugo...
Muitas perguntas me surgem ao pensar nos últimos dias de aula e
orientação; por exemplo: alguns conceitos que para mim são
enigmáticos por enquanto. Como quando o Marcus me falou que o Hugo
faz uma Dramaturgia
do Ator. Que significa isso? De onde vem esse conceito?
Quem e porque se cunhou esse termo e o que ele significa? Eu sei que
de alguma forma esse conceito me soa como importante, pois o Hugo é
um diretor, mas é antes de tudo um ator que pensa como um ator. Ele
mesmo costuma dizer que, quando ele dirige, ele pensa em todos os
personagens e como ele gostaria de fazê-los se ele estivesse naquele
papel e esse é o seu guia para dirigir cada ator em seu respectivo
papel. Será isso uma dramaturgia do ator?
Outra coisa que me instiga nesse sentido é descobrir de
onde vem os conceitos e práticas do Hugo?
Ou seja, ele fala de consciência
muscular, por exemplo,
será que é um conceito dele? Ou será que ele tirou isso de algum
outro lugar, mesmo que sem saber? E se for o caso, que lugar é esse?
O Marcus me deu uma dica quando mencionou que o Meyerhold
é um avô praticamente de todas as práticas contemporâneas de
teatro musical
sendo, inclusive quem primeiro propôs de unir o teatro,
a dança e a música
no ocidente. Esses três elementos são fundamentais no teatro de
Hugo Rodas.
Outra pergunta? Como que o
Hugo lida com o conceito de criatividade?
Isto é, o que é ser criativo para ele? Pergunto porque já ouvi ele
falando muitas vezes sobre “ser criativo”, mas normalmente como
uma ordem: “seja criativo!” e geralmente esta ordem tem uma
relação com a não repetição de
padrões. Por exemplo se estou fazendo uma diagonal e sempre
faço a mesma coisa é um sinal de que eu não estou sendo criativo.
Para o meu aprendizado, isso foi muito importante, pois colocou um
parâmetro concerto para medir a
criatividade, pelo menos no quesito da movimentação e da
voz. Pois, geralmente, quando se fala em criatividade se pensa em
algo muito abstrato, intangível. Já o Hugo vê a criatividade no
seu resultado. Se se repete
demais é porque não é mais novo, é manutenção do que já se
sabe e não criação do inesperado.
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